Como Hábitos Moldam Empresas, Pessoas e Resultados

Na segunda parte de O Poder do Hábito, Charles Duhigg aprofunda como hábitos moldam empresas, equipes e sociedades inteiras — e como pequenas mudanças podem desencadear transformações profundas.

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O incêndio no metrô de Londres, um exemplo devastador de como rotinas institucionais desorganizadas e a ausência de comunicação clara podem levar ao desastre. Nada ali foi fruto de uma falha única, mas da soma de pequenos hábitos ruins que se acumulavam invisivelmente.

Em contraste, Duhigg apresenta a revolução na ALCOA, quando o novo CEO decidiu priorizar a segurança dos funcionários acima de qualquer indicador financeiro. Essa mudança se tornou um hábito-chave: ao melhorar a segurança, toda a cultura da empresa se reorganizou — processos ficaram mais eficientes, líderes se comunicavam melhor e, surpreendentemente, os lucros aumentaram.

A Starbucks aparece como outro exemplo, mostrando que quando uma empresa ensina seus colaboradores a lidar com emoções, frustrações e situações de estresse, ela cria hábitos emocionais que fortalecem tanto as pessoas quanto o serviço. A valorização humana se torna estratégia.

O livro também introduz o conceito das pequenas vitórias, pequenos passos que, acumulados, constroem motivação e progresso real. É a lógica por trás do treinamento de Michael Phelps, cujo sucesso olímpico foi construído sobre rotinas precisas, repetidas diariamente, até se tornarem automáticas.

Duhigg mostra ainda pesquisas revelando que a autodisciplina prevê o desempenho acadêmico com mais precisão do que o QI. Disciplina é hábito — e hábito pode ser aprendido.

Por fim, o autor descreve um hospital onde maus hábitos coletivos criavam um ambiente hostil e inseguro, provando que, quando a cultura de uma organização adoece, tudo ao redor adoece também.

Charles Duhigg mostra que não são as grandes decisões que moldam uma empresa ou uma vida — são os pequenos hábitos diários.